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Quem está no controle?

Outro dia me deparei com a pergunta: “Quem está no controle?”. As pessoas se enchem de planos, criam expectativas, desenham suas metas e, de repente, a vida traz uma pequena (ou grande) situação e pronto, já era! Hora de mudar tudo de novo, hora de ir para outra direção. Às vezes, parece que a vida está dando risada da gente como se dissesse: “Deixe-me te mostrar quem é que manda aqui realmente”.

Acabei descobrindo que é ela que manda mesmo e que o que ela quer dizer é: Deixe-me te levar para onde você precisa, que não é, necessariamente, para onde você quer ir. E, então, se deixamos, a vida começa a fluir.

Tenho achado interessante a semelhança disso com o que acontece durante uma sessão de S.E – Somatic Experiencing. Enquanto a pessoa insiste em controlar o impulso do corpo e faz aquilo que ela pensa que é certo, os resultados não acontecem. Assim que ela deixa ser o que é e permite que o corpo assuma o controle para fazer o que é necessário, o sistema nervoso (SN) pode liberar toda a tensão ou ativação fixada, que estava, até então, alimentando um alto grau de estresse.

Isso porque, como já disse, no momento de um evento ameaçador o SN dispara um comando para uma determinada ação e, se o corpo não completa essa ação, toda a adrenalina que estava pronta para ser usada é acumulada.

Um exemplo…

Isso me lembra a história que um amigo me contou sobre o seu gato. O passarinho pousou na grama, o gato se abaixou e foi, lentamente, se aproximando. Quando estava a uma distância apropriada, tensionou os músculos, se encolhendo, pronto para o bote. Justo neste momento o passarinho voou. O gato voltou por um instante para sua posição normal, relaxada, mas, em seguida, voltou à posição anterior e deu o bote que o corpo estava preparado para dar. Além disso, continuou correndo e pulando até gastar toda a adrenalina que estava lhe dando energia para o ataque. Em seguida, descansou e voltou a viver sua vida normalmente. Se não tivesse feito isso teria ficado traumatizado.

Permita que sua inteligência orgânica assuma o controle

Quando o corpo completa aquilo que estava precisando, pode parar de se preocupar. É como quando você risca da sua lista de “obrigações a realizar” algo que você acabou de fazer.

Assim que permitimos que nossa inteligência orgânica assuma o controle, então tudo o que estava travado na memória corporal pode se descarregar e se libertar para uma vida mais livre, mais solta, mais flexível, pois deixa disponível a energia que estava sendo gasta para atender ao estresse.

Fico pensando se sempre que sentimos que a vida nos está engolindo não estamos, na verdade, lutando contra o fluxo, se não estamos querendo que seja do nosso jeito, se não estamos indo contra nossa verdadeira natureza.

O que aconteceria se simplesmente deixássemos ser, se aceitássemos profundamente quem somos e aceitássemos a surpresa que a todo dia a vida traz para nós? Se permitíssemos que nosso corpo pudesse sentir e expressar o que realmente está acontecendo dentro dele?

Como nossa vida seria diferente!

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