Muitas pessoas estão falando sobre Constelação Familiar, mas a maioria não faz ideia ainda do que é e como ela acontece de fato.
A Constelação Familiar consiste em uma vivência na qual um cliente apresenta um tema, uma questão para a qual quer olhar. Quando necessário, o constelador pergunta algo complementar, como possíveis abortos, casamentos ou amores anteriores, assassinatos, suicídios, número de irmãos.
Em seguida, ele solicita ao cliente que escolha entre os participantes do grupo alguém para representar seus familiares (se for o caso) e a ele próprio. Vamos imaginar que a questão seja a relação do cliente com os pais; então ele escolherá no grupo alguém para representar a ele mesmo, uma pessoa para o pai e uma para a mãe.
Esses representantes, quando dispostos no espaço de trabalho, começam a sentir como as pessoas que eles estão representando se sentem. Através das reações e sentimentos demonstrados por eles, a dinâmica que está por trás da questão é revelada. Com isso, pode-se encontrar uma solução para a questão apresentada.
Muitos perguntam: “Mas como as pessoas sentem o que uma pessoa que ela não conhece sente?” Elas sentem porque se conectam com o campo sistêmico do cliente.
Que campo é esse?
Todo sistema (família, empresa, religião, país etc.) tem uma consciência em que tudo o que acontece fica registrado. É uma memória. Vamos lembrar da nuvem que usamos hoje no computador. Todas as informações vão “para a nuvem”, para essa consciência. Uma vez que a informação está lá, qualquer um pode acessar de qualquer lugar.
As pessoas perguntam se isso é espiritual. Não, não é através do espiritual que essas conexões são feitas. A melhor maneira de explicar isso é através dos estudos sobre Campo Mórfico ou Campo Morfogenético de Rupert Sheldrake (biólogo, bioquímico e pesquisador).
“Os campos morfogenéticos são a memória coletiva, a qual recorre cada membro da espécie e para a qual cada um deles contribui”… “É por meio da “Ressonância Mórfica” que as informações se propagam no interior do campo mórfico, alimentando a memória coletiva” ( Sheldrake).
Talvez já tenham ouvido falar sobre a teoria do centésimo macaco: um macaco descobriu um meio de abrir coco, de maneira que, mais eficientemente, poderia aproveitar a água e a polpa. Rapidamente os outros macacos começaram a imitá-lo. Quando o centésimo macaco aprendeu a fazer o mesmo, os macacos de uma outra ilha, que nunca tiveram contato com esses, começaram a quebrar cocos da mesma maneira que os primeiros. Isso acontece através da Ressonância Mórfica.
Em uma outra pesquisa, Sheldrake descobriu que, quando um certo número de ratos aprenderam como sair de um labirinto, outros ratos, de um outro país distante, também adquiriram a mesma habilidade.
“O que se transmite através deles é pura informação. É isso que nos mostra o exemplo dos macacos. Nele, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa a ser compartilhado por toda a espécie” (Sheldrake).
E assim se dá a vivência da constelação em grupo. Os representantes ficam disponíveis para acessar e sentir o campo do cliente e a dinâmica que está resultando toda a problemática aparece, sendo assim possível encontrar uma solução.
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